ABRIGO PARA O AMOR

A saudade chora, no soluço da fonte.

Onde o vento é manso na tarde calma,

o silencio do mar traz de volta recordações,

que as ondas apagaram em sua visita a praia da ilusão...

Quando eu penso, o sereno me leva de volta,

até uma fenda que deixei cravada no

túnel onde meu não consegue

sair para viver de novo mais um capitulo

de meu mundo solitário...

é um amor que sozinho procura sua felicidade,

como um grão de areia que procura uma onda

para voltar ao mar,

quando a noite se aproxima em sua canção,

ouço a voz de minha solidão, pedindo

para ler um poema que brilha em minha alma...

Vou pela vida caminhando, vou carregando esperança,

buscando abrigo para meu amor que anda triste

por não entender, porque viver de lembranças,

se o amor é uma conquista do patrimônio

da alma...

Rogério Miranda

poeta da paz