CAMINHOS DE SENTIMENTO (02)
Não posso calar a voz do meu coração
Nem deter, o desejo de possuir
Aquele a quem amo
Sobre caminhos de paz.
Vou prosseguir completamente capaz
Por entre jardins de esperança, serenando, serenando...
Nada até agora
Saiu como o esperado
Mas não irei desanimar
Pois o que me foi solicitado
Compreende o infinito
E me faz somente na capacidade do amor, acreditar.
O amor
Permeia universos, onde a paciência
É completamente necessária
Uma vez plantado
Poderá brotar sem os limites do tempo
E sem as condições do espaço.
Logo
Para que a ansiedade
Se no amor há a eternidade
Como proposta e finalidade?
Mas nós, seres humanos
Queremos tudo para o momento
Transformando o que poderia sair perfeito
Em incompleto.
E se as coisas não saírem do nosso jeito
Pensamos que tudo não passou de um imenso deserto.
Mais a vida e o amor são diferentes
A programação não é nossa
E as respostas, provêm do futuro
E da união de todas as raízes.
Apenas, poderíamos ser livres
Se não houvesse entre as nossas escolhas
Sofrimentos desnecessários
Julgamentos antecipados
E sentimentos tão limitados.
Viver é acontecer
Com base de que todo desejo intenso
Realiza-se, desde que haja entre ele e o céu uma fé inabalável.
Porém é a angústia da espera que coloca empecilhos
Condicionando a felicidade
Mudando todo o curso da realidade.
É preciso convencer-se, de que a alegria
Não depende do que virá
Por se encontrar já concluída.
Se não estiver do lado de dentro
Não terá como entrar
E tudo não passará, de uma ilusão de momento
Ao longo da vida.
Quem ama verdadeiramente
Não deve ficar triste e se lamentar
Porque a metade da alma
Encontra-se, noutro lugar.
Mas refazer sentimentos
Terá que crer que todo desejo intenso
Um dia, com toda certeza se realizará.
É nessa posição que eu me encontro
Deixando nas mãos do universo da grande harmonia
O desfecho desse meu grande amor
E sei que na inspiração descomedida de cada poesia
Tudo caminha no compasso simétrico
Para acessar a capacidade e também o valor.
Estou feliz!
Porque haja o que houver
Nada conseguirá deter, a melodia convicta do meu interior.
Fim desta, Cristina Maria O. S. S. - akeza.