DA PRIMEIRA VEZ

na primeira vez,

respira-se apenas

o substrato do ar

de sentir e de amar;

de sentir o prazer

do tocar e conhecer

-- um ao outro --

sentir a emoção

nervosa do encontro;

sentir a curiosidade

valsando vadia

no olhar inquieto...

no sorriso inocente

mas trêmulo

e contido;

na vontade de que

o primeiro abraço

não tenha

compromisso

com o tempo...

a seguir, a meta

pode estar em

taças geladas

de champanha,

que acende o calor;

em cerejas tomadas

boca-a-boca;

num beijo profundo

e molhado,

de tantos gostos;

depois, um apagar

de luz...

uma noite linda...

...de fazer

o Sol nascer!

(Tadeu Paulo -- 2008-04-18)