A ESPERA
No início um sono sem fim
Meu olfato logo aguçou
E tudo era propício a me enjoar
Com o tempo melhorou
Seios inchados, doloridos...
Sinalizavam que a sua alimentação
Estava em preparação
O corpo ia sendo alterado
E as roupas uma a uma alargadas
Para vestir a cintura agora quadrada.
Todo mês a expectativa
De encontrá-lo numa imagem do ultra-som
E garantir que tudo ia bem...
E a barriga só crescendo...
Com ela vinha o desconforto
Que era recompensado
Na expectativa da sua chegada
Enfim...você veio...
E o meu corpo voltou ao normal
Mas minha vida nunca mais foi a mesma
Você chegou – e só isso me importa
Porque agora vivo para amar
Você..., obra divina
A quem chamo: - Meu filho!