Amor prometido

Amar é querer bem sem racionalizar,

Sabendo como o ser amado existe ou está,

E, por amar, descobrir o sublime no que nele há,

Sem procurar outras formas para que o amado não queira se vingar.

Amar é ter o anjo no coração e amá-lo com ardor,

Guardá-lo na memória para eternizar o momento.

Mas a traição mata-nos o ser amado guardado no coração e morto

Faz-nos senti-lo enquanto do momento não deixamos de lembrar.

Desconfiança gera desconfiança.

Mas seria o bastante a prova da fidelidade.

Enquanto teus olhos te mostram criança,

Temo enganar-me e encontrar em ti só vaidade.

Tu vais ao dentista nesta manhã que nos era abençoada.

Pois que volte como fostes,

Porque se voltares outra, darás uma facada

Num peito reservado a ti. Minha esperança para tua inocência tosse.

Por que desconfiastes de mim?

Será que fizestes algo contra minha pobre alma?

Eu não te enxergaria mais assim

E tudo não passaria de um sonho e mais nada.

Ulisses de Maio
Enviado por Ulisses de Maio em 17/04/2008
Reeditado em 18/04/2008
Código do texto: T949334
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