Minha violeteira,
De novo, floriu.
Pela vez terceira
Na passagem, agora,
Pro outono de abril,
Pro nosso maturo
Amor, com as primícias
Dos seus frutos.

Na primeira
Foi pra chegada
Da primavera,
Pro início
Do nosso nAMORo.
Depois,
Na segunda,
Anunciou o verão
Do nosso calor
De Amor-estação.

São vinte flores,
Alvi-violetas.
Botões amarelos,
Ao centro,
De grãos de pólen.

As folhas de veludo-
Camurça
Me mostram
Sua obra
Sazonal:

Na beira da janela,
Todos os dias,
Recolhem da aurora
Calor, ar, luz
E fotossintetizam.

Eu a aguo
Pelo fundo
Do vasinho vazado.
A fortaleço
Com casca
De ovo
Triturada
E com suas
Próprias folhas
E flores fenecidas.

Tanto me pediu
Esse seu poema,
Tanto insistiu
A formosa companheira,
Que eu o cometi.

Ao seu arroubo,
Eu aquiesci
Com esse poema-flor,
Como um beijo
Com gosto 
De roubo,
Que roubou
De mim,
Seu beija-flor.

Oxalá
Dele goste
E mais beijins
E beijos
Me roube!



---Gabriel da Fonseca & Stela Emilia (formatação sobre imagem).



---Às Amigas Amadas, à Adorada eSTrELA, 1373, 16/04/08.