ÚLTIMO ATO...

Último ato: cai o pano, cerram-se as cortinas.

Tira-se a máscara: a ópera bufa terminou.

A “prima-dona”, em notas cristalinas

A sua última canção irônica cantou.

Por trás do pano, o cenário é diferente.

A fantasia despe-se: corpo e alma nua...

Sem a maquiagem, o olhar fica ausente

E uma lágrima cai, iluminada pela lua.

O teatro está vazio... e a soprano

No momento em que baixou o pano

Não passa de menina em corpo de mulher...

Não quer mais aplausos: só um carinho...

Não mais encenações, roupas de arminho...

No seu desamparo... só um abraço quer...

ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 16/04/2008
Reeditado em 17/04/2008
Código do texto: T949114
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.