ÚLTIMO ATO...
Último ato: cai o pano, cerram-se as cortinas.
Tira-se a máscara: a ópera bufa terminou.
A “prima-dona”, em notas cristalinas
A sua última canção irônica cantou.
Por trás do pano, o cenário é diferente.
A fantasia despe-se: corpo e alma nua...
Sem a maquiagem, o olhar fica ausente
E uma lágrima cai, iluminada pela lua.
O teatro está vazio... e a soprano
No momento em que baixou o pano
Não passa de menina em corpo de mulher...
Não quer mais aplausos: só um carinho...
Não mais encenações, roupas de arminho...
No seu desamparo... só um abraço quer...