SEDENTO
Sedento de boca mel
Do ato essencial da criação divina
Da mão, do suor, do seio oceano
Que só Deus sabe de quem é
Sedento
Tudo que faz falta dá sede
Sede de vingança de corpos
Laços, vermelhos laços e camas
Flor multicor, e céu estrelado
Sede, simplesmente de algo além dágua
Sedento
Da voz suave, do hálito de tua alma escancarada
Do teu corpo aberto escancarado
Da minha reação
Da trajetória da minha mão ns vias do teu corpo rico
Sedento
De algo além
Do trigo, do vinho, do queijo e do pão
Do algo além dos portais já vistos
Além da imensidão dos paraísos já criados
Sedento
Do teu corpo em fogo atiçado
Das brasas radioativas que me consomem a vontade dessa distancia chamada saudade.
Radyr Gonçalves
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