NAS ENTRELINHAS 

Nas entrelinhas escrevo
Pois não sei dizer com palavras
O que vai no meu peito
E nas entrelinhas
Desta minha poesia
Me faço pequena
Feliz e serena
Percorro caminhos
Correndo estradas
Em busca do nada
Em busca de mim
Buscando palavras
Que te alegrem
Que te deixem feliz
As palavras que me cabem
Entrego-te com alegria
Correspondendo
A tudo que me dedicas
E te experimento
No cálice de vinho
Que neste momento
à noite bebo
Enquanto as estrelas
no céu dormem
E a vida acorda
Pra te despertar
Pra você dançar
Fazer uma performance
Pra mim e pra vida
Dançando, buscando
A alegria perdida
Tentando encontrar
Outra vez na noite
Num copo de vinho
Tua boca, teus beijos
Num frenesi
Outra vez dançar
Dançando com lobos
Idade dos entas
Dos cabelos grisalhos
Dos sonhos adultos
Das reflexões
Do que da vida fazer
Pra continuar
Degustando da vida
O que ela tem de melhor
A oferecer

 

Vitória/ES – Em 17/02/08 -