outono do amor

Caem as folhas.

Faz frio lá fora.

E o cheiro de rosas o vento levou.

Só restou no meu peito,

O doce, o quente,

Do teu lindo amor.

Nessa tarde fria de outono

E nesse abandono estou a chorar.

Minhas lágrimas caem e qual a água

Vai o mar encontrar.

Cai chuva,

Rega a primavera

Transforma em quimera este meu penar!

Pétalas murcham, o sol se esconde.

O vento a soprar.

E num gemido esquecido

Vivo perdida querendo encontrar,

O amado meu distante,

Que possui consigo o meu coração.

Outono tão frio,

Silêncio, vazio,

Tristeza e paixão.

Palavra calada,

Meus olhos tristonhos na chuva deságuam.

É um grito, um pedido por socorro,

Em meio a minha aflição.

Aproxima-te agora,

Com mil rosas na mão.

Desfruta minha boca, me toma em teu colo, me acalma então.

Aquece minha alma e toca minha mão.

És meu agasalho. Meu porto, meu norte, meu tudo então.

Um brilho de sol no alvorecer,

Ilumina o caminho,

Que transporta os espinhos,

Para o amor reviver, e crescer, transceder, nos fazer viver