POEMA A UM AMOR DO PASSADO
Tenho uma vida toda para te esquecer,
quisera eu tivesse forças para não lembrar do amor,
que há tempos encheu de felicidades o meu viver,
e hoje me atormenta com tristeza e dôr.
Quisera o tempo pudesse apagar o passado,
desfazendo os momentos alegres e felizes,
mesmo maltratando este coração magoado,
mas fechando a ferida, apagando as cicatrizes.
O amor foi total, mas não foi eterno,
não soubemos amenizar os desacertos dos corações,
e hoje a nossa primavera se tornou um inverno,
que transformou em angústia as nossas paixões.
E quando bate a saudade aumenta a solidão,
as vezes um pouco de lágrimas e uma dôr sem fim,
querendo me obrigar a te pedir perdão,
esquecendo que já não podes voltar para mim.
Um vento frio vive atormentando a minha alma,
procuro forças em vão para repelí-lo,
pois o desespêro aos poucos vence a minha calma,
e o meu corpo já não tem o teu amor para aquecê-lo.
Quero voltar a falar de amor mas só sinto a solidão,
dona absoluta desse meu ser desesperado,
que não sente siquer as batidas do coração,
por não ter o calor do teu corpo ao meu lado.
É nessa angústia que eu vivo, atormentado,
vivendo as ilusões que a vida me destinou,
querendo esquecer o amor que viveu ao meu lado,
mas lembrando sempre, desse grande e impossível amor.
Manaus, 24 de fevereiro de 1987.
Marcos Antonio Costa da Silva