TRAUMAS DE UM TEMPORAL
Eu não suporto nem pensar naqueles temporais;
Onde as tormentas, arrastam minha alegria;
Onde os telhados da paz, são arrancados por vendavais;
Onde multiplicam-se os soluços, de minha agonia!
Ainda estremeço ao relembrar, o ecoar de teus trovões;
E o teu olhar agressivo, como um raio a rasgar meu céu;
O meu rosto ofendido, sob o prantear das inundações;
E as torrentes salôbras, a substituir todo teu mel!
Eu fiquei desabrigado, pois teu carinho sempre foi meu lar;
A pouca luz que me restava, sobrevivia dos relâmpagos;
E me assombrou a idéia, de nosso amor a enxurrada levar;
E que nossas juras morressem, sob destroços e prantos!
Sei o quanto me dói, dos temporais rememorar;
Pois em cataclismos, revolviam meus sonhos dentro em mim;
Mas até nas tragédias, grandes lições se consegue tirar;
Basta-me um sorriso teu, e os temporais meus, encontram seu fim!!