TRAUMAS DE UM TEMPORAL

Eu não suporto nem pensar naqueles temporais;

Onde as tormentas, arrastam minha alegria;

Onde os telhados da paz, são arrancados por vendavais;

Onde multiplicam-se os soluços, de minha agonia!

Ainda estremeço ao relembrar, o ecoar de teus trovões;

E o teu olhar agressivo, como um raio a rasgar meu céu;

O meu rosto ofendido, sob o prantear das inundações;

E as torrentes salôbras, a substituir todo teu mel!

Eu fiquei desabrigado, pois teu carinho sempre foi meu lar;

A pouca luz que me restava, sobrevivia dos relâmpagos;

E me assombrou a idéia, de nosso amor a enxurrada levar;

E que nossas juras morressem, sob destroços e prantos!

Sei o quanto me dói, dos temporais rememorar;

Pois em cataclismos, revolviam meus sonhos dentro em mim;

Mas até nas tragédias, grandes lições se consegue tirar;

Basta-me um sorriso teu, e os temporais meus, encontram seu fim!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 14/04/2008
Código do texto: T945511
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