ESTRANHA LOUCURA








Como tentar convencer
O meu coração a sorrir
Que aos prantos soluça
De amores por ti

Vejo
Minha vida
Contrair o mal dos poetas
Que amam
E às vezes não são amados

A minha sensatez
Perder-se nos mares cadavéricos
As minhas palavras
Bater-se de encontro ao muro
O meu peito tornar-se roxo
De te esperar bater em minha porta
Sinto-me um pombo cego
Pousado no cais
Esperando uma embarcação
Que nunca aporta.