APRENDIZ DA POESIA
Sou das manhãs ensolaradas,
das ondas que arrebentam nos rochedos,
das areias macias que circundam as praias,
das ruas dos mais belos arvoredos.
Transpiro amor em minha natureza.
Divago a poesia abstrata do meu realismo,
desconexos instantes distantes do cinismo,
imaturo e primitivo, porém apaixonado.
Sou da mulher que amo, porque por ela sou amado.
Substancio sentimentos através de meus escritos,
sem preocupar-me com pressupostos textuais,
tenho bem guardados todos os meus manuscritos.
Transcendo a tribo dos poetas mortos,
que vagam sedentos, ardentes de paixão.
Não invento histórias, sou minha própria ilusão,
personagem errante por caminhos longos e tortos...