EU TE DAREI O 'SELF" MEU BEM

Cantar de Amor e Dor

Eu Te Darei o Self Meu Bem

E quando não podemos amar o que amamos

E quando não devemos sentir o que sentimos

E quando não sabemos calar o que calamos

E quando e quando e quando

Dói saber e sentir a poesia dizendo um bando

O silêncio em metáforas de desdizeres soando

-Eu te darei o céu, meu bem

E o meu infinito particular inferno também

(Solidão entre a lágrima e a luz vai muito além)

E quando a paixão platônica é inevitável

E quando o pacto de amor e morte é letral

E quando o implícito é claro nos olhos

E quando e quando e quando

Dói sentir o amor inenarrável se revelando

-Eu te darei o céu, meu bem

E que tudo mais vá para o inferno ou além

(Solidão une sombra e escuridão que dói aquém)

E quando não dá mais pra calar o amor sentido

E quando não conseguimos mais evitar o abismal

E quando a loucura cria castelos de açúcares

E quando e quando e quando

Dói sentir um imenso amor se impossibilitando

-Eu te darei o self, meu bem

E as flores do jardim de nossa casa sempre sem

(Solidão é um vaso com violeta de lágrima zen)

-o-

Silas Correa Leite, Itararé-SP

E-mail: poesilas@terra.com.br

Poema da Série “Eu te Peço Perdão Por Ter Te Deixado Ir-me”

(Livro inédito de poemas de amor e dor do autor)

www.itarare.com.br/silas.htm