RIOS DE MIM
Fui nascente de três rios
D'água viva do meu ser,
O primeiro, amor inteiro,
O segundo, amor profundo,
O seguinte, amor-semente
De estrela resplandecente.
No meu rio de olhos verdes
Naveguei sonhos em flor!
Nenúfares, açúcares,
A descoberta do alerta,
O despertar do instinto
De Lua-mãe em crescente.
O meu rio de olhos de mel
Lavou-me as nódoas da dor!
Ternura, doçura,
Multiplicação da cisão
Dum amor sem pôr-do-sol
Em Terra-mãe, sol nascente.
O mais cristalino dos rios
Brotou de improvável alvor!
Pomo de rosa, formosa,
Flor sentida, colhida,
Roubada por vento norte
De Seara-mãe, ao poente...
Dois rios sulcaram a Vida,
Fruiram minha guarida,
Fluiram em prosperidade.
Um rio aos céus ascendeu
E arroio celeste nasceu,
Tão longe da gravidade...
As águas desse meu rio
De ouro e cristal fluído,
Foram tesouro cobiçado
Para fertilizar as flores,
Para reflectir as cores
Dum jardim por Deus plantado...
Sei que as lágrimas que esbanjo
As vem recolher um Anjo
Em taça de fina faiança
E nesse regato de luz
As purifica e conduz
Para os meu rios de Esperança...
Três rios que vi nascer...
Dois em busca do viver,
Um em eterno lampejo
De estrelinha protectora
Das vivas águas que agora
Meus lavados olhos bordejam...
Três rios-jardim
No meu maternal horizonte...
Não sei se fui sua fonte
Ou eles são fonte de mim...
(Para os meus três tesouros, dois na Terra, um no Céu...)
Fui nascente de três rios
D'água viva do meu ser,
O primeiro, amor inteiro,
O segundo, amor profundo,
O seguinte, amor-semente
De estrela resplandecente.
No meu rio de olhos verdes
Naveguei sonhos em flor!
Nenúfares, açúcares,
A descoberta do alerta,
O despertar do instinto
De Lua-mãe em crescente.
O meu rio de olhos de mel
Lavou-me as nódoas da dor!
Ternura, doçura,
Multiplicação da cisão
Dum amor sem pôr-do-sol
Em Terra-mãe, sol nascente.
O mais cristalino dos rios
Brotou de improvável alvor!
Pomo de rosa, formosa,
Flor sentida, colhida,
Roubada por vento norte
De Seara-mãe, ao poente...
Dois rios sulcaram a Vida,
Fruiram minha guarida,
Fluiram em prosperidade.
Um rio aos céus ascendeu
E arroio celeste nasceu,
Tão longe da gravidade...
As águas desse meu rio
De ouro e cristal fluído,
Foram tesouro cobiçado
Para fertilizar as flores,
Para reflectir as cores
Dum jardim por Deus plantado...
Sei que as lágrimas que esbanjo
As vem recolher um Anjo
Em taça de fina faiança
E nesse regato de luz
As purifica e conduz
Para os meu rios de Esperança...
Três rios que vi nascer...
Dois em busca do viver,
Um em eterno lampejo
De estrelinha protectora
Das vivas águas que agora
Meus lavados olhos bordejam...
Três rios-jardim
No meu maternal horizonte...
Não sei se fui sua fonte
Ou eles são fonte de mim...
(Para os meus três tesouros, dois na Terra, um no Céu...)