PAR PERFEITO






Quero colar os colares
Das conchas das maresias
E parar na tua porta
Completamente nu
Não precisarei de identidade
De relógio no pulso
E nem de um álibe estrangeiro.

Quero colar as consciências
Dos búzios dos mares
E levar a inocência das crianças
Para o meu epitáfio
Não quero nenhum elo de cadeia
A prender-me as minhas entranhas.

Quero regar a grande flor imortal
Ser o teu par perfeito...
E tomar o café da manhã lendo
O livro de Neruda.