Amor Definido
Acabou! E ao mesmo tempo...Quem eu sou?
Horas, dias e meses sufocantes...
Palavras de dor meu coração soltou.
Sentidas de momentos incessantes...
De um buscar insano que provocou
tantos sofreres...Tão inconstantes.
Fiz de meus poemas...Um mero diário;
onde tudo que me foi sentido...Fluiu...
Que fosse real ou imaginário;
Parte do meu mundo, num abismo ruiu...
Que para muitos, o que escrevi foi hilário,
E quem eu quis um dia, nem sequer me sorriu.
Meus versos de amor, meus versos doridos.
Versos rimados e muitos sem nexo.
Tantos incautos, tantos reprimidos;
outros mais, com sentimento complexo,
com alma e coração exauridos...
E ainda aqueles, que falam de sexo.
Amor verdadeiro, amor impossível!
Quem sabe agora o que me vem por falar?
Se falo do homem inadmissível...
Ou conjugo outra vez o verbo amar?
Não sei se ainda me seria possível,
pensar no amor e meus versos rimar.
E se o mar hoje não é o meu destino...
Talvez tenha sido uma mera ilusão.
Quem eu amo é um Poeta menino...
Que passa na voz a ternura e emoção.
E por ele, o meu coração eu ensino...
A lutar pela doce e cândida união.
Nunca amei de verdade um Poeta
que falasse a mesma língua que a minha.
Ambos versificam a alma inquieta;
dos teus versos eu já sou tua Rainha
E em meus versos és Rei...Que me completa...
E a Poesia se faz...Sozinha.