E A CHUVA CAI LÁ FORA.

E a chuva cai incessante,

a madrugada toda encharcada

e o constante barulho de suas gotas

ressoando na cobertura de zinco lá fora..

Morto de cansaço, vejo da janela

que palidamente vem despertando

um novo dia, cuja luminosidade, procura

acabar com a bizarria da noite que termina.

E a chuva incessante, continua a cair,

até parece lágrimas motivadas

por malogro de uma história, que na

escuridão da solidão, mostrou-se desesperada.

Modificação sonora e lenta

igual a minha alma semanticamente

um todo integrado,

com os açoites da nostalgia.

E faz tanto tempo que chove, estou

desconfiado que quem molha a

cobertura de zinco todas as noites lá fora,

sou eu, sim, sou eu que na hipnose da

solidão, criei um jeito para transformar

as noites, em noites úmidas,

mesmo que não chova.

Wil
Enviado por Wil em 07/04/2008
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