PRA ME FAZER FELIZ

Antes de tudo há um sorriso, que fervilha nesse exórdio;

Porque meu ego exíguo, se alarga sob os clarins de um sincero afeto;

Eu sou carência maternal, desde os esboços de meus primórdios;

Sou lar pouco voltado às suas paredes, amante do próprio teto!

Se a meiga aragem conceder-me o ósculo de seu carinho;

Se o flébil olhar, for contemplado por sincero apreço;

Nenhum planger de minha alma, inundará o meu caminho;

Achar-me amado é posse, cujo tributo justifica seu preço!

Se a minha paz e um beijo meigo, edificarem uma conotação;

E a introspecção ejetar minha auto-estima, sem timidez;

Algo me diz que todos os hematomas do passado, sumirão;

E que se dará uma transbordação, na antiga paisagem de escassez!

Se minha fala intensa achar repouso, num atento ouvir;

E ingerir o outro lado, todos os frutos sinceros de meu pensar;

Julgo que o pranto da solidão, dará lugar a um folgado sorrir;

Julgo plausível a expectação, de meus pedaços reencontrar!

É grão singelo o que alimenta, esse ávido querer de minha paz;

Pra ser feliz, eu não preciso de estrondos ou de alaridos;

Quando me vejo amado, eu sou o diário fênix audaz;

Quando compreendido, mesmo alvejado, sou restabelecido!!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 07/04/2008
Reeditado em 24/07/2008
Código do texto: T935295
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