MÁGOAS
Mágoas... Que vem... E vão!
Chegam aos nossos ouvidos
Desequilibram nosso ser
Atingem nosso coração!
Fazem-nos chorar... Soltar nosso mar interno...
Em pequenas gotas, que caem e formam ondas...
Transformando-se em feridas no nosso eu!
Atônita, no primeiro momento... Completamente sem ação!
A dor transforma meu mar em gotas de gelo...
E acabo atingindo o pretenso inimigo um instante depois!
Mas são pedaços meus... Que saem do meu ser!
A me fazer oca, a aumentar o desequilíbrio...
E então recolho essas gotas à represa de mim!
E numa luta voraz, entre coração e razão
Fecho-me para enfrentar nova batalha
Transformando o que era mágoa em poesia
Pois é onde mora a minha magia!
E é ela quem me salvará, do ódio, essa energia
Que é um presente que não quero aceitar!
Doa o quanto doer
Entendam se quiserem entender!
Mágoas eu deposito no esquecimento
Para nunca mais as ter!