SEREIA

Não consegues acreditar.

Sabendo-me presente,

Não és capaz de elucidar.

Sou a miragem

A qual queres agarrar.

Ao tocar-me desapareço.

E envolvida, desfaço no ar.

Sereia é o que pareço.

Se quiseres serei o mar.

Com o meu canto

Elevo-te nas nuvens

Com o meu corpo

Regrides até o torpor.

Sou a brisa suave

Quando carinhosa

Mas possuo o dom

De destruir quando ferida.

Não me queiras, pois quando

Envolvido estás, não consegue

Desvencilhar das minhas garras.

Fujas... Não me ame ...

Não escute o meu cantar,

Pois poderá ser tarde demais.

Angela Pastana...poeta paraense

Obra:Gotas

Angela Pastana
Enviado por Angela Pastana em 07/04/2008
Código do texto: T934905
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