SEREIA
Não consegues acreditar.
Sabendo-me presente,
Não és capaz de elucidar.
Sou a miragem
A qual queres agarrar.
Ao tocar-me desapareço.
E envolvida, desfaço no ar.
Sereia é o que pareço.
Se quiseres serei o mar.
Com o meu canto
Elevo-te nas nuvens
Com o meu corpo
Regrides até o torpor.
Sou a brisa suave
Quando carinhosa
Mas possuo o dom
De destruir quando ferida.
Não me queiras, pois quando
Envolvido estás, não consegue
Desvencilhar das minhas garras.
Fujas... Não me ame ...
Não escute o meu cantar,
Pois poderá ser tarde demais.
Angela Pastana...poeta paraense
Obra:Gotas