Encharcados

Chuva vasta, cabeleira aguada

Quem é que passa?

Morena foi molhada, alma lavada

Que gingada!

Poça dágua, prenúncio de ser ensopada, sapatada na calçada

Covinha no queixo é minha estrada

Capa é transparente, frio não se sente

Anda calmamente

Esbarrou no seu Clemente

Sujeito previdente, não se esquece de olhar pra frente

Sorriso alargado por tantos dentes

O olhar foi meticuloso, invadiu o tecido glamoroso

Aquela silhueta feminina, não será prêmio de outro ...

A sua idade ... Fardo doloroso!

Sacrilégio seria não querer, não desejar

A morena é como santa adorada no altar?

YOUNG
Enviado por YOUNG em 06/04/2008
Reeditado em 06/04/2008
Código do texto: T933469