NUNCA SABERÁ
Você não sabe de nada
nem saberá o que
resultou da tua ausência,
noites em claro, fantasmas,
me perdi em meu mundo de demência.
Você não sabe de nada
e nem saberá sobre o
sofrimento que me envolveu,
das veredas por onde caminhei,
da tristeza que se apossou de mim,
das feridas que só eu cuidei
que só eu conheci e ai, aquela
tortura que só eu experimentei.
Você não sabe de nada
e nem saberá o quanto foi
que implorei, a tua presença,
que falta fez, o desespero que
embalou meu coração e
como aqui te desejei...
Você não sabe de nada
e nem saberá sobre a
importância de tua presença
em todos os momentos,
e que a fúria do teu desamor
não permitiu ver
o nosso desmoronamento.
Não saberá do vago aroma
de magnólia, a fragrância
deliciosa de mulher que você deixou...
que saudade...que distância...
Não! Você nada sabe
e não saberá que entre
lágrimas eu te chamei...
e nunca saberá que extenuado
adormeci escondido no obscuro
da existência abraçado ao teu amado vulto.