Culpado

Culpado.

Pois que fomento o tormento

Que no relento me vindes

Verdugo de mim mesmo, sou

Eis o paradoxo

Pois é por te amar e desejar

Te querer e não lograr

Que sofro

Padeço mas eis que não me afasto.

Não posso, sou o culpado.

Teu amor já me foi provado.

Mas, a valentia de espírito que me era abundante

Míngua quando te contemplo.

Pois tu és tão formosa quanto a flor mais mimosa.

Tão bela que diante de ti coro.

Resigno-me, então

A esperar ansiosamente que vinhas a mim

E o estorvo permanece, assim, martirizando-me.

Intransigente
Enviado por Intransigente em 05/04/2008
Reeditado em 06/04/2008
Código do texto: T932180