AUTO-RETRATO
AUTO-RETRATO
Aquele rosto feliz, que tivera um dia,
Já não se alegra com coisas da vida.
Nem brilha, nem chora, nem ria,
Está pálido, abatido, sem vida.
Caiu o semblante, nem brilha no espelho,
Rolou uma lágrima de grande tristeza,
Borrou o panqueque e o batom vermelho,
Perdeu a esperança, a bonança e a certeza.
Espera ouvir dos teus lábios vermelhos
Uma pequena palavra, mas com muito carinho,
Para ver outra vez, neste rosto a clareza.
E então outra vez no espelho,
Ver nos olhos castanhos, diamantezinhos,
E não mais angustia e tristeza.
IVANILDO FRANCO