REFLEXO DE AMOR

Nossas almas se entremearam

Se fundem e se desfundem

Simbióticas e condenadas

A uma vida inteira de ambigüidades

Metafóricas e reais

Vejo-me no seus sorrisos

Espontâneos ou amarelos

E então sei se devo prosseguir

Com a brincadeira

Vejo-me no brilho ou no opaco do seu olhar

Então sei se estou presente ou se não estou

Quando minhas palavras atingem como flechas

Seu coração feminino

Sinto a dor que magoa a própria alma

Quando nossos corpos se fundem até o êxtase

Se derretem

E nos tornamos um fantasma maluco

Que vaga por uma eternidade de segundos