Visitante do Além

No começo de uma rua, de casas

Antigas e empoeiradas, devagar

Vinha o homem, devagar também

Era seu olhar em busca talvez

De mistérios, entre portas e janelas

Coloridas habitações, um império.

Casas que não eram ricas

Mas também não eram tão pobres

Como nas favelas, estavam abandonadas

Porque os habitantes não cuidavam delas.

Sentados à porta de uma delas

Dois homens tranquilamente conversavam

E olhando aquele homem que devagar

Se aproximava ajoelharam-se, postaram-se

Ao céu... Aquele homem era o Deus

Do amor que tanto o povo espera.

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 04/04/2008
Reeditado em 04/04/2008
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