Visitante do Além
No começo de uma rua, de casas
Antigas e empoeiradas, devagar
Vinha o homem, devagar também
Era seu olhar em busca talvez
De mistérios, entre portas e janelas
Coloridas habitações, um império.
Casas que não eram ricas
Mas também não eram tão pobres
Como nas favelas, estavam abandonadas
Porque os habitantes não cuidavam delas.
Sentados à porta de uma delas
Dois homens tranquilamente conversavam
E olhando aquele homem que devagar
Se aproximava ajoelharam-se, postaram-se
Ao céu... Aquele homem era o Deus
Do amor que tanto o povo espera.