Doce Amado, Fera
[Ao meu príncipe do Reino da Ilusões]
Doce amado, em espadas a desenhar-se
Já findou nestas lágrimas de guerra
Todo o sentimento que negou-se
Ao degladiar-se em vis braços, fera
Doce amado, amargo-me em ver-te
Tão próximo e tão impossível, berra
Meu peito de dor e de solidão, amei-te
A desgosto de mim e de minha aquarela
Que nas nossas lágrimas desmanchou-se
No teu caminhar ao reino monástico, Era
Tão distante da minha, reino meu findou-se
No meu profundo oceano, vou ter-te
Noutra tela, a óleo ou talhada, mais bela
Pois resgatei meu coração no querer-te