Enquanto Caminho....

Caminhando pelos vastos campos,

Depreendo a trajetória dos antigos amores...

São cinzas, feridas que ainda transmitem dores,

Pedaços de coágulos, hematomas do passado,

Ferimentos incógnitos anexos ao peito do próprio homem,

Manifestações do lapidado afeto por outrem,

Fragmentos do carinho e da Paixão, dos quais reféns...,

Presos a realidade intacta, do fato de não mais amarmos...

Feras do submundo que reagem ao toque da lembrança,

E nos empenhamos em esquece-las, quando mais necessitamos...,

Queremos Relembra-las quando a nostalgia se transforma,

A mutação da Fera volupta em pura esperança,

E cada vez mais abusamo-nos do exílio da poesia,

Para poetizar em amores nossas lembranças fugidias...

Fuga da Paixão..., Oásis em meio ao nada, aniquilação da vontade?,

Simples expressão do caso, adultério da própria Ilusão....

Amar e não ser amado, unico fato da nossa descepção.