CONFESSANDO-TE ADEUS!

__________________________________

Substancial sentido que me torna

elemento derradeiro desta amarga solidão.

Fel que enoja a lembrança,

embora suspire para aliviar

outro noturno reclamar.

Magnânimo viver a despeito

de suas lembranças...

sinto-me e isto é o que se rastreia

nas linhas da minha trajetória sem

conexão com o trivial sentimento

que sempre esteve a me vender!

Por ser o último ponto desse concerto

sem ritmo do conserto do meu coração...

deixo o meu semblante atônito findo porque sei

que as lamurias d'agora nada significarão noutro dia!...

Amanhã serei novo dia e

tudo enfim...

de você levarei o que sobrou

dos bons registros,

divididos na convivência,

que ainda ousarei chamá-los de saudade,

nada mais!

O mel irá surgir adocicando o

gosto ruim dessa narrativa permeada de gotas de suor,

de lágrimas,

de acenos e

de indicações percebidas em seu corpo

que me mandavam embora toda

vez que eu transpunha os meus limites

para ousar lhe ceder amor!...

Não será tardia a minha descoberta,

pois não julgarei ter perdido tempo,

mas levarei a certeza de tê-lo dedicado em vão!

©Balsa Melo

01.04.08

Cabedelo - PB

BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO)
Enviado por BALSA MELO (POETA DA SOLIDÃO) em 02/04/2008
Código do texto: T928606
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2008. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.