Lança - te

Lança – te na duvida

Que a certeza do amor vem!

Lança – te em minha vida

Pois ela é sua também!

Salta por sobre o abismo

Por onde um dia eu saltei

Sinta o turbilhão de lagrimas

Que para traz eu deixei...

Tu sabes que sou teu,

Porque não me usas então?

Tu sabes quem sou eu,

Tu moras em meu coração...

Que é tosco até certo ponto

Pelas marcas do desencontro

Que teima em te desejar

Das torturas te alavancar

Oh! Bela da eternidade,

Que desespera a realidade...

Que torna o coração inquieto

Pela face do desejo secreto

Ten no corpo a chama ardente

Do velho sonho dolente

Da noite longa e exótica,

Que liberta a paixão erótica!

Despidos, loucos, famintos!

Dominados pelos instintos...

Morda minha boca...

Morda até sangrar!

Enterre suas unhas

Em minha pele, de vagar...

Quero sentir a dor desse amor...

Quero sentir o prazer de te amar...

Quero matar minha sede no teu corpo

E por horas do teu néctar provar!

Quero estar dentro de ti, quando seu rosto,

Lagrimas de amor libertar.

Pra inundar o nosso caminho...

Ao sabor do sinistro vinho...

E guardar os descontrolados

Desejos desesperados!

Que perseguem essa alma triste

Que só por você existe...

E espera que as contingências

Sejam nobres quintessencias.

Sem lúdicas ansiedades

Das misérias, das vaidades...

Que são fracas, esquecidas...

No vão deserto das vidas...

Vida trevosa que chora

Nas dança mortal das horas...

Que entrega a paixão em resgate

Num jogo: o xeque mate

A cartada final que perscruta

Tremenda, sedenta, impoluta.

Que contempla a insofismável

Beleza inabalável...

Que a tua face irradia

Nos anos de melancolia...

Onde as inóspitas paisagens

São sentimentos selvagens!

São tenebrosos sentimentos,

Queimando o corpo a cada momento.

São momentos incontroláveis

Das esferas miseráveis.

São doces prazeres profundos

Povoando de amor esse mundo!

São nobres castelos de areia

Que perdem - se à luz da cegueira

Perdem – se alem das distancias,

À luz das redundâncias...

E de tal forma esse encanto

Secreto, me consome tanto!

E de tal forma renasce!

Profuso, como se eu não te amasse!

E de tal forma se agiganta,

Paralisa. Da no na garganta!

Espancando o intelecto

Num violento retrospecto!

Que mostra a dor de ter deixado

Chagas sombrias do passado

Chegarem hoje tão perto

Das órbitas do meu universo...

Tentando ser a quimera,

Besta, a vagar na terra!

Tentando inverter o presente

Da luz do sol poente...

Pra quebrantar a magia

Da mais perfeita alegria

Que se eleva da orvalhada,

De flor em flor, a flor amada...

Como sua pele que me rodeia, ondula.

E nas lembranças eternais circula...

Como seu queixo, que minha boca chama...

Para beija – lo, arrebata – lo. Inflama!

Com suas mãos a percorrer – me o peito

Pra consumar nosso amor perfeito...

Com suas pernas a prender minhas costas

No supremo encaixe de vidas opostas!

Unidos pela inextinguível chama

Que os faz rolar em cima da cama!

E pela língua o prazer sentia,

E cada parte do corpo se arrepia!

E pelos olhos o prazer aflora,

Por isso vem amor, vem pra mim agora...

Vem triunfante, tremeluzente...

Encontrar o desejo ardente.

Que te chama, te atrai, te ilumina...

Vem me amar coisa pequenina...

Es tão pequena quanto esse verso,

Que é maior do que todo universo!

Pega minha vida e Poe no cume...

Enovelada pelo seu perfume...

Vem gritar de prazer com vontade...

Com amor, com sexualidade!

Que já controla toda minha razão!

Eu sou seu, todo seu, então...

Por isso lança – te mar adentro

Lança – te, se preciso for...

Lança – te em minha vida agora,

Amor, amor, meu grande amor!

Nilton Junior
Enviado por Nilton Junior em 01/04/2008
Reeditado em 28/12/2009
Código do texto: T926710
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