Clímax Poético
Sem culpas a metafísica
O eu e o tu estão tombados
no histórico de um patrimônio.
Feito pele e sem pecado
E os versos se acoplam.
Cruzam-se. Caleidoscópio.
Mutações de rimas cálidas
esboçando nudez dos corpos
E a boca morde a metáfora
enquanto suores táteis
explicitam unhas sangrentas.
Frêmitos líricos ecoam fáceis
Mudez tônica, respiração frágil
Abraços de letras tão somente exaurem
E finda a linha que tremulava tênue
Clímax poético, gozo inigualável.