SANSÃO E DALILA

Por todos os horizontes, proclamou-se a magnificência desse ser;

Ele é o cetro na investidura, que lhe serve e ao seu vigor;

Faz os tempos se ajoelharem, destroça feras pela força de seu poder;

De todos os gladiadores da paixão, é invencível senhor!

Quando as hordas inimigas, levantaram-se sob o timbre de seu clarim;

O aço impiedoso de seus punhos, dilaceraram seus batalhões;

A todas as muralhas opositoras de suas chamas, ele pôs fim;

Porque nas veias de seu prazer, há delírios em artérias aos milhões!

E foi assim que edificou-se, o notório mito de sua supremacia;

Ele fez os ventos venerarem, o seu poder e a sua fé;

Só não supôs o deus de todos os triunfos, que uma guerra perderia;

E que sua fama se desfaria, nas garras astutas de uma linda mulher!

Mulher de corpo frágil, que lhe passou ao fio da espada, em seu olhar;

Lançou ao chão a imponência de tudo que foi, e mudou o que ficou;

Ele que fez estremecerem os montes e que abalou as ondas do mar;

Hoje é um frágil e inofensivo ser, escalpelado por tanto amor!!!

Reinaldo Ribeiro
Enviado por Reinaldo Ribeiro em 31/03/2008
Código do texto: T925084
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