SERÁ REAL?...

Fadas dançavam, gênios pulavam,

No matagal...

O que estou vendo

Será real?

Será visão

O que estou tendo?

O que será?...

O rufar das asas

Leve e prateadas, das fadas, deixaram-me pasmada...

A beleza dos príncipes,

Belos, garbosos, deixaram-me encantada...

Em cima da pedra grande,

Coberta de limo,

Um duende coroado

Tocava sua flauta

Vasada nos ossos

De um mago altaneiro

Melodia de reis...

As fadas vestiam,

Mil véus transparentes

E esvoaçantes...

Tinham de ouro os cabelos

E os olhos azuis

Ou verdes, do mar...

Cabelos compridos,

Tão longas madeixas

Sempre a rebrilhar...

Havia também,

De negros cabelos

E olhos castanhos,

Nascidas no sul...

Sapatos de ouro,

Brincos de esmeraldas,

Anéis de diamantes,

Pulseiras de prata

Lançando lampejos

De puro rubi...

E a rainha das fadas

A mais linda delas,

Donairosa Armida,

De todas, mais bela,

Destinada a morrer

Quando o orvalho secasse

Porque outra mais bela

Iria surgir...

Ela feneceria

Como seca a flor...

De repente:

Nada!...

As fadas voltaram a ser simplesmente

Paredes do quarto.

– Não era real...

... Como nunca foi real

Por mim, teu amor...

Talvez outra noite,

Apareçam flutuando

E, de novo, venham

Gentis me chamar...

Assim como espero,

No fundo do peito,

Que um dia tu voltes

E venhas me amar...

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ESPERANÇA
Enviado por ESPERANÇA em 31/03/2008
Código do texto: T924948
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