A SOMBRA E O OLHAR PAGÃO

Sementes de mostarda
Escondem a néscia serpente que enlaça
A alma dos ventos,
Emudecendo bocas macilentas
Calando os pensamentos em pálpebras dormentes.

E na sombra dos milênios
A branca criatura, virgem errante e dissoluta
Escancara o riso enquanto
Bate o coração tantalizado e a mão
De branco mármore
Desliza oscilante diante do espelho.

No chão os poemas espalhados,
Escorridos da tua língua enfeitam desvãos do corpo que o silencio contempla e venera
Neste claro que se faz escuro
Diante dos teus olhos pagãos.

Luciah Lopez
Enviado por Luciah Lopez em 30/03/2008
Reeditado em 14/08/2009
Código do texto: T924033
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