DESAPARECER DE MIM

Acabei de desaparecer de mim

mesmo, deixei meu corpo e pensamentos,

sonhos e todo o desejo de um

ser, em mãos de uma órbita qualquer.

A execução desta ação intempestiva

força a interpretar, que eu, por algum

motivo, perdi a razão, em vista disso

passei a caminhar na contramão...

Desilusão, tristezas, falta de afeto,

solidão, talvez sejam as causas pelas

quais entreguei-me a inércia de

um todo, entreguei-me à vida latente

e aos desvairados suspiros...

Mas, o que ninguém sabe, a

não ser eu, que é difícil suportar

ausências de alguém sempre presente,

receber um sorriso que se encontra

em todo o tempo distante...

É difícil viver em meio a um

vendaval de indiferenças, existir no

torvelinho da poeira dos enganos,

que ofuscam os caminhos que acabam

por levar aos cadafalsos.

Quer eu queria ou não, este

sou eu hoje, castigado por um

rebenque que deixa profundas

estigmas, enigmas da vida para quem

sempre viveu para amar...

Wil
Enviado por Wil em 30/03/2008
Código do texto: T923783