COMO DIZER ADEUS IV
Te aproximas lentamente
da mesa onde escrevo,
minha última poesia.
Estás triste,
sinto nos teus passos e sei,
que se mirasse em teus olhos,
veria melancolia.
Te aproxima e teus lábios
pronunciam: te quero!
Mas, a partir disso, já
anunciava-se um grande silêncio.
Quando chegar a hora,
sabes que partirei e,
em posterior poesia,
farei um resumo:
de coisas que morrem,
de coisas que nascem,
de coisas que levo e,
de coisas que deixo.
Não chores, te quero!
Guarde a recordação,
de nossos dias felizes!
Te deixo uma aliança,
e a melodia
que alcançará teus ouvidos,
quando leres esta poesia!