Revendo

Revendo meu alfarrábio

Amarelado do tempo que tem.

Veio na mente a lembrança doce de seus lábios

Do primeiro beijo por mim roubado

Que até hoje na boca eu tenho.

É por isso que as vezes eu choro

Ao revirar meu baú muito bem conservado.

Encontrando nele o retrato de quem adoro

E vendo a minha imagem sorrindo a seu lado.

Como não posso viver no passado

O que faço é só suspirar.

Tiro da mente as lembranças

E o retrato volto a gradar.

Quem sabe um dia ainda consigo

Teu rosto de novo beijar.

Passear nas nuvens contigo

Sem o baú precisar revirar.

ChangCheng
Enviado por ChangCheng em 28/03/2008
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