Cores
Quando o sorriso medíocre aflorar meus lábios
Cerrados sempre pela razão impune
Pelo medo azul dessa ferocidade
Do meu cabelo sujo, minhas unhas vermelhas
Do sangue que escorre dos lanhos de tua pele
Liga a TV, pega um sorvete
Abre os teus olhos verdes pra eu ver
Não morre agora, que o céu tá cinza
E a dor vem negra para levar você
Eu visto branco pra te ver partir
Me dispo e, nua, vou tocar teu corpo
Que jaz inerte e amarelado
No lençol prata do motel barato
Morrer, matar de amor
Uma manchete a mais para se devorar
É mais um crime sobre a madrugada