“Homem ao Mar”

Lanço-me neste mar de mistério oceano mulher,

Sem medo.

Pois querer-te faz com quê o desejo seja maior que a razão,

Que nunca tive e nunca terei quando o assunto é você.

Você que me remete aos confins de mim mesmo,

E me faz travar lutas intermináveis com o meu eu.

No meu diário de bordo anotações que de nada me serve,

Pois a cada estreito ou tempestade perco a minha rota.

Ilhas de solidão aportei,

Em baías de esperanças fundeei em busca de alcançar o equilíbrio.

Alto mar,

De volta estou na busca de quem sabe na próxima maré em fim gozar.

Do convés observo ao longe o horizonte,

Timão nas mãos e uma idéia na cabeça.

Você, só você.

Navego rumo ao sol, dou voltas no mundo.

E o oceano é o mesmo,

As marés também com arrecifes e rochedos.

Bancos de areia,

Mistérios das profundezas.

E nada mais ao redor...”

( “Homem ao Mar”, by Carlos Venttura )

Carlos S Venttura
Enviado por Carlos S Venttura em 27/03/2008
Reeditado em 17/04/2008
Código do texto: T919283