“Homem ao Mar”
Lanço-me neste mar de mistério oceano mulher,
Sem medo.
Pois querer-te faz com quê o desejo seja maior que a razão,
Que nunca tive e nunca terei quando o assunto é você.
Você que me remete aos confins de mim mesmo,
E me faz travar lutas intermináveis com o meu eu.
No meu diário de bordo anotações que de nada me serve,
Pois a cada estreito ou tempestade perco a minha rota.
Ilhas de solidão aportei,
Em baías de esperanças fundeei em busca de alcançar o equilíbrio.
Alto mar,
De volta estou na busca de quem sabe na próxima maré em fim gozar.
Do convés observo ao longe o horizonte,
Timão nas mãos e uma idéia na cabeça.
Você, só você.
Navego rumo ao sol, dou voltas no mundo.
E o oceano é o mesmo,
As marés também com arrecifes e rochedos.
Bancos de areia,
Mistérios das profundezas.
E nada mais ao redor...”
( “Homem ao Mar”, by Carlos Venttura )