O QUE É SENTIR AMOR?

170 - O QUE É SENTIR AMOR?

DE: MARCELO GUIDO

EM: 09.SET.2000 ÀS 04:18:22H(REF. A 28.OUT.1999)

P/: TATIANA ARRUDA

EM: BRASÍLIA/DF

HISTÓRICO: Preparando-me para uma árdua batalha contra Duda Kuller em confrontação válida pelas quartas-de-final da TAÇA CULTURAL HERNANI LECCI SANCHES SUPERFIRE, confesso que sempre fui pretensioso e julgo ser este poema uma cartilha detalhada para os desavisados que ousarem sentir amor. Quem compreendê-lo, em sua íntegra, saberá contornar todas as artimanhas deste tão astuto e dúbio Sentimento. Isto, convictamente. Eu garanto!

Questionei-me, surpreso, sobre sentir amor

E, atônito, percebi a magia de seu esplendor

Adquirindo resposta para esta questão

Localizada no vertente de minha frágil explosão...

Amor é quando a saudade toca no íntimo da alma

E a simples proximidade da amada extrai a calma

Ou quando um gesto é analisado de modo ímpar

Ao se trilhar, sem precauções, uma estrada com o temor de derrapar...

Amor é uma discreta caixinha de surpresas

Que rompe barreiras e recompõe a realeza

Negligenciando sedução

Reverenciando nos poetas a dádiva da composição...

Amor é um súbito jubileu

Desperto, harmônico, pelo poder do apogeu

Anunciando verdades aos Lírios

Sendo a própria cura ou, quem sabe, apenas colírio...

Amor também pode ser instrumento da Velha Senhora

Quando a dignidade humana, sorrateira, penhora

Levando consigo um ser, um compacto viver

E que nem sempre proporciona o néctar do merecer...

Assim é o amor; de múltiplas faces, um camaleão

Que se ajusta às conveniências de sua opinião

Construindo ou aniquilando toques de púrpura bondade

Mas jamais se abstendo de ofertar ou extrair a lealdade...

Amor é vida e morte, tudo e nada, o limite do infinito

Que, pela eternidade, recria o mal mais cruel e o bem mais bonito

Permitindo, às vezes, que dúvidas se dispersem, afinal

Para que sobrevivam tão somente o prisma do Sentimento franco e vital...