Guardo no meu peito.
Guardo no meu peito,
recordações de muito amor,
quando ainda era perfeito,
e tinha muito ardor.
No baile nos miravam,
e eu sentia-te esplendorosa,
nossos corpos muito suavam,
nesse tempo eras maravilhosa.
Mas o tempo tudo leva,
até nosso amor levou,
nem deixou aquela terra,
que meu arado lavrou.
Terra farta de abundância,
lembro agora meu defeito,
era ainda uma criança,
Ao guardar-te no peito.
Autoria: A. Manuel de Campos