FEL SAUDADE (ANSEIO)
003 - FEL SAUDADE (ANSEIO)
DE: MARCELO GUIDO
EM: 13.JAN.1998 ÀS 17:54: 17H
P/: CRISTIANE FERNANDES
EM: CAMBUÍ/MG
HISTÓRICO: Numa terça-feira, eu estava muito deprimido com saudade de Cris e confeccionei este que considero um poema coberto de ternura e maestria para dedicá-lo para todos os corações apaixonados daquela época, em especial para os casais que jamais chegariam a se concretizar, com exceção a Kleber & Ana Paula, tempos depois (e muito depois):
Josmar & Lílian,
E Wellington & Rosa Maria.
Ao toque do luar
A solidão vem falar de você:
Saudade penetra pela extensão de minha alma
Como um fulminante fecho de luz
Numa noite de imensa Lua
Que, lentamente, propaga seu magnífico toque
De beleza e suavidade
Deitando prata mesmo nos locais mais sombrios
E iluminando flores mais singelas de nossa emoção...
Defino minha saudade como a metamorfose
Da falta da amada em instantes de profunda beleza
Que a põe acima de qualquer realeza
Trazendo para o momento o encanto das horas mortas do passado
O gosto perdido dos extintos beijos de ardor
O calor dos inesquecíveis abraços
E, sobretudo, o eco das palavras
Que insistem em não se ausentar dos ocultos pensamentos...
Esta saudade é feroz e consome meu ser
Propiciando a própria amargura
Tornando-a meu único consolo
Movendo-me a viver...
Que bendita, pois, seja esta trágica saudade
Que me faz vê-la junto de mim
Invisível, soberana e tão unicamente uma...
Triste saudade, ambíguo sentimento
Constrói e destrói, simultaneamente
Tornando meu dócil viver em labareda torrencial
Obstinado a amar
...Sofrendo e sonhando
Com destino púrpuro de luz e de rendição
Que me acalma e restringe à angústia
Em brisas de primavera que encantam ao êxtase do fatídico renascer...