Cárcere

Eu tenho um amor em cárcere,

Uma lira fora do sistema.

Que não grita no vazio,

Desconhece o esquema.

Subverte e contesta...

Sai pela fresta.

É amor sentenciado

Pelo triunfo de valores necrosados.

Anarquista,

Verborrágico – talvez num sentido trágico.

Esparramado, indecente

Sujeito de sangue quente.

Um sentimento “arretado”,

Que vezes se vê desolado...

Embolado, embolado

Em seu cubículo

Imenso.

Desidratado, abstrato...

Porém, amor de fato:

Não é foto... é retrato

Há muito já revelado!

Adri Engelbart
Enviado por Adri Engelbart em 23/03/2008
Código do texto: T913101
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