A FRAGILIDADE
De volta do pó,
liberto e só
teu espírito flutuará.
Em teu lugar,
sem teu olhar,
o mundo desmoronará.
Sem tuas sandálias,
o fogo é palha,
que se queima.
Sem teu semblante,
somos errantes,
que apenas teima.
Nas tuas preces,
o que nos entristece,
são nossas falhas.
Nos teus anseios,
somos fins e meios,
nada que nos valha.
De ti sou seguidor,
aprendiz de teu amor,
mero errante alheio.
Da tua fronte,
sou fiel amante,
nesse colo derradeiro.
2.005