Balada de Fim de Verão

Um, zero, zero, um, zero

E tome bit, byte, bit, byte, bit, byte

É um relógio algemando o meu espaço

Vou nadando contra o nada

Encontro alguém que não diz sim nem não

Talvez

E minha mente programada não entende o meio termo

O zero ou um são imprescindíveis

Como flores num enterro

Não posso aceitar suas idéias

Tenho pavor desse seu jeito impreciso

Tome uma fruta, nós estamos no outono

Quando o verão chegar de novo eu te aviso

Não me reprima, reprimindo um sustenido

Cantar, para mim, é como um sonho

É muito pouco, mas é tudo o que eu sei

Não tenha medo desse meu louco sorriso

Eu vou me embora pra Passárgada mais cedo

Lá, eu vou ser bem mais feliz

Lá, tenho um amigo poeta

Que tem a mulher que ele quer

Porque é amigo do rei