Aquática

Navega-me,

que me faço mar.

Não para me singrares de velas enfunadas.

Teu deslizar há de fazer marolas

que hás de alisar docemente.

Eu crescerei em vagas impetuosas

e te farei soçobrar.

Mergulharás em mim e eu, maremoto.

Até que,

juntos,

na praia morna,

em branca espuma

morreremos.