Confusão de quem quer ser poeta!
Pobre poeta que nada avistas,
Tantos pássaros em vários ramos,
Uns vieram de altas arribas,
Outros quiseram ver teus danos.
Muitos gozaram o que viram,
Outros sofreram com tristeza,
Tu sabes o que sentiram,
Alguns te trataram com aspereza,
Muitos mais te mostraram lealdade,
Verdadeiro sentimento de amizade.
Ser poeta ou não que interessa!
Qual é teu estado civil?
Tens filhos e que mulher é essa,
Afinal que procuras neste covil?
Qual teu grau académico?
Que será tua profissão?
Meu emprego nada tem de técnico,
Sou agricultor ganho calos na mão.
Ser importante é ter licenciatura,
E os que trabalham a terra?
Será gente com ou sem cultura!
Mas são humanos desta guerra.
Vivemos a vida cheia de preconceitos,
Mas chegará o dia em que seremos iguais,
A natureza se encarregará dos direitos,
Não existirá ricos, desigualdade jamais.
Enquanto isso morrem crianças por várias razões,
E minha mente fluindo ideias sem calor,
Sejamos crianças nos nossos corações
Existirá mais sinceridade alegria e amor.
Entretanto tento escrever coisas sem valor,
Percebendo ser algo que ao mundo não afecta,
Resolvi dar aos pobres e crianças mais amor,
Perdão mas é o que pode dar, um quase poeta.
Autoria: A. Manuel de Campos