PACTO DO AMOR DISTANTE

        Acho que vivemos de espera,
        Acho que fizemos um pacto
        em outras eras...
        Acho... que sei eu, para dizer acho,
        deste amor por quem eu me racho
        e me esborracho?
        ........................................................
        E este medo de amar
        esta indecisão,
        que coloca dúvidas na vida
        e tranca o coração!
        Mas...
        Até quanto
        isto tem de real?
        E quem sabe dizer se é amor?
        Se o que sei
        é que o poeta é um fingidor...
        É preciso sorrir nas tardezinhas
        E depositar os nossos cansaços
        nas distâncias que separam os sonhos
        enquanto é tempo
        no instante pequeno...
        Acho...
                        (Para Marília, com carinho)

                    Vinhedo, manhã de 20 de março de 2008.